terça-feira, 21 de junho de 2011

Direções.

Sentada na beira da cama, incorporando seus sentidos medíocres, desejando encontrar uma solução para todos os seus problemas.
Aí de repente ela para, pensa, encanta, realiza, e sustenta a idéia de que nunca metade deles será totalmente resolvido. Mas que idéia ridícula, ela realmente pretendia lutar para consertar todos eles.
Começa a olhar em direção ao lugar mais escuro da casa, tentando encontrar uma saída de retirar a miragem do olhar ao local. Sugestionando a perda de todas as suas vontades de realmente não olhar naquela direção insana, tentando realmente achar um jeito, uma circunstância, uma crítica daquele lugar ali presente. Mas não vinha nada, absolutamente nada de vantajoso ao seu redor, a não ser aquele escuro lugar. Aquele escuro lugar era vantajoso aos pés dos seus pensamentos hipócritas sobre ele. E ela se sentia muito bem com aquilo apesar de não ser tão idealizado, afinal era apenas um lugar na sua casa estranha e fria.
Mas já que todos tinham ido embora, cabia a ela tentar permanecer apenas com aquele frio incorporando-a inteira. Precisava, quem sabe, apenas de um abraço e de nada mais.
Por quanto tempo ela teria pensado nas coisas mais terríveis de “toda a sua vida?”
Pensara, – Até que ponto eu cheguei ao me ver sem aqueles que sempre diriam estar comigo eternamente.
Que imbecilidade! Outrora eu estava aqui, outrora eu estava lá. Lá aonde? Lá, apenas lá, onde ninguém queria estar. E se estivesse teria alguém para ligar e desejar boa noite, e ir dormir.
Com apenas duas palavras, ou sua vida “acaba” ou suas vontades recomeçam. Nunca a vida irá recomeçar e para os medíocres, também nunca irá acabar. Não com meras palavras.
Em instante ela se ver em um mundo fértil, onde sua imaginação foi tão longe quanto as suas lágrimas que havia transbordado todos os seus sentimentos inadequados e estúpidos.
Cansou, sim, cansou. Não de ter olhado em direção ao um lugar escuro por tanto tempo, mas sim por perceber que ela poderia fazer daquele lugar escuro, uma perfeição repleta de luz, só era querer.

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